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O que é Anatomia?

Tudo começou nos primórdios da raça humana , onde o homem pré-histórico observou diferenças entres os seres ao seu redor, um outro homem ou animais. Logo, começou a gravar nas paredes das cavernas e produzir esculturas das formas que observava. Notou detalhes, que hoje podemos identificar as diversas espécies de animais descritas (Chevrel, 2003). Desta observação surgiu a dissecação com o intuito de estudar os órgãos. Também na própria Bíblia, considerada o livro mais antigo, respectivamente no livro de Gêneses e no evangelho de Lucas, são descritos trechos de interesse anatômico-fisiológico. Entre os mais acessíveis exemplos, estão os que se referem à menstruação, à menopausa e aos movimentos do feto no útero.

Figura 1: Desenhos rupestres evidenciam aos animais e formas observadas no primórdios da raça humana. Fonte: http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/am/u4/bl/amu4bl0cnan5fc61wd9t1s3t5.jpg

Os primeiros Anatomistas e Médicos foram os egípcios, através dos processos de mumificação ou embalsamento, com objetivos religiosos no qual foram encontrados papiros com mais de 200 nomes de partes do corpo humano. Também o processo envolvia a mumificação de animais, acreditavam que mumificar animais de estimação permitiria que seus donos usufruíssem de companhia na vida após a morte. Outros eram mumificados por serem sagrados ou por tributo aos deuses. Graças a esse processo os egípicios avançaram em algumas áreas científicas, aprendendo muito sobre anatomia humana, e descobriram a ação de vários elementos químicos para a conservação de corpos.

Figura 2: Processo de embalsamento, antigo Egito. Fonte: Google imagens.

Figura 3: Mumificação de animais como tributo.
Figura 4: Mumificação de gato, sendo este considerado sagrado no Antigo Egito.

Logo depois vieram os Mesopotâmios, onde iniciou os primeiros estudos anatômicos com animais. Era bastante grande a importância dos médicos que cuidavam dos animais na mesopotâmia, até que o exercício da atividade ganhou destaque no "código de Hamurabi", devido a importância dos cavalos como máquina de guerra, transporte e moeda de escambo (Chagas, 2001). Entretanto, das civilizações da antiguidade foram os gregos que fizeram os maiores avanços, onde o cadáver humano não era violado por questões religiosas e leis estabelecidas (Chagas, 2001). Alcameon de Croton (500 a. C.) realizou estudos com dissecações em animais, fornecendo os mais antigos registros de observações anatômicas. Em seguida, o mais sucedido discípulo de Platão, Aristóteles fundou o que chamamos de Anatomia Comparativa realizando dissecações em vertebrados, referências todas encontrados em sua obra Historia Animalium, onde indica que ele publicou outro tratado, Partes dos Animais, que infelizmente se perdeu.


Dois mil anos se passaram para que os humanistas dos séculos XV e XVI retomassem a abordagem dos estudos aristotélicos de anatomia comparativa. Em especial na Itália ocorreu estudos de corpos humanos e de animais levando diversas novas descobertas na área, registradas na literatura e de uma forma artística na qual hoje são obras de arte famosas. Leonardo da Vinci, conhecido como o artista mais famoso dessa época, trabalhou em diversas áreas da ciência, em especial na anatomia dos animais. Pesquisadores como Fabrizio d'Acquapendente e Marcello Malpigh obtiveram destaque na busca por conhecimento e compreensão, mesmo a situação política instável e o conservadorismo religioso da época tenham restringido o progresso inicial, esses cientistas, tornaram-se precursores da área da anatomia comparada, uma tendência que continuou até o início do século XX. Richard Owen, um grande anatomista inglês, e os alemães Johann Friedrich Mekel e Caspar Friedrich Wolff, pioneiros para o ressurgimento como objeto de estudo da anatomia comparada na Europa, onde levou ao desenvolvimento de novas disciplinas que abandonaram os objetivos originais da anatomia comparada.


Atualmente, a anatomia é muito importante para o estudo e compreensão dos sistemas orgânicos, sendo essencial para o conhecimento Médico, seja ele humano ou veterinário, fazendo uso dessa ciência em várias áreas da veterinária, como fisiologia, semiologia, clínica médica, clínica cirúrgica, patologia, nutrição, inspeção, obstetricía, reprodução e outras.


Figura 5: Conhecer a importância de várias estruturas e suas funções necessárias a prática veterinária.
 

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